Os 6 princípios da contabilidade

Postado em 22 de abr de 2021
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Sonha em trabalhar com Ciências Contábeis? Então saiba que um dos primeiros passos para ingressar na área é conhecendo as suas normas.

No decorrer da sua carreira contábil, você pode se fazer algumas perguntas, como: "Devo misturar o dinheiro dos donos com o dinheiro da empresa?", ou "Como devo fazer os registros financeiros?". Todas essas questões práticas são respondidas pelos princípios da área.

Por isso, neste guia, explicamos quais são os 6 princípios da contabilidade e como eles são aplicados no cotidiano dos profissionais desse campo.  

Aqui você vai conferir:

 

Quais são os princípios da contabilidade? 

Hoje, existem 6 princípios da contabilidade. São eles: 

  1. Princípio da Entidade; 
  2. Princípio da Continuidade; 
  3. Princípio da Oportunidade; 
  4. Princípio do Registro pelo Valor Original; 
  5. Princípio da Competência; 
  6. Princípio da Prudência. 

A seguir, entenda mais sobre como os princípios foram criados e o que cada um deles significa.

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Como os princípios da contabilidade evoluíram ao longo do tempo? 

Os princípios da contabilidade foram se atualizando aos poucos para corresponder aos desafios de cada época. As primeiras normas contábeis surgiram nos Estados Unidos.

Esse foi o caso do GAAP — do inglês Generally Accepted Accounting Principles —, os Princípios Contábeis Geralmente Aceitos. Surgido nos EUA, com o tempo foi incorporado em outros países, como o Brasil, em 1970.

Já na década de 1990, o Conselho Federal de Contabilidade criou seus Princípios Fundamentais da Contabilidade (PFC), mais atualizados e pensados para o contexto do Brasil. Nesse período, eram 7 os princípios: 

  1. O da Entidade; 
  2. O da Continuidade; 
  3. O da Oportunidade; 
  4. O do Registro Pelo Valor Original; 
  5. O da Atualização Monetária; 
  6. O da Competência; 
  7. O da Prudência.  

Com o tempo, outras alterações foram feitas e em 2016 foi aprovada a Norma Brasileira de Contabilidade (NBC). Nesse documento, os Princípios da Contabilidade (PC) foram incluídos com uma base teórica mais sólida para auxiliar o trabalho dos profissionais.  

Além disso, uma pequena mudança foi feita. O Princípio da Atualização Monetária foi integrado ao Princípio do Registro pelo Valor Original, criando um só princípio que rege as questões relacionadas à variação do valor de uma moeda.

Hoje, com o avanço da contabilidade e da tecnologia, os profissionais da contabilidade têm estudado a criação de novas regras.

Agora, entenda como funciona cada um dos princípios atualizados! 

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1. Princípio da Entidade 

Já soube de empresas que faliram porque os donos misturaram seu dinheiro pessoal com o da empresa? Infelizmente, essa é uma situação mais comum do que parece, especialmente em pequenos negócios.

Foi exatamente por problemas como esse que o Princípio da Entidade foi formalizado. O Princípio da Entidade define que a empresa é uma entidade distinta dos proprietários.

Assim, o contador separa completamente as contas, os documentos e as responsabilidades fiscais da empresa.

Além de lembrar os proprietários de ter contas separadas, o profissional ajuda toda a empresa ao documentar essa trajetória financeira.

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2. Princípio da Continuidade 

O Princípio da Continuidade define o seguinte: a contabilidade de uma empresa deve sempre assumir que o negócio continuará funcionando.

Com isso, as demonstrações financeiras são mais exatas e os cálculos são possíveis, mesmo em situações de crise.

Essa resolução é importante não só para controlar os ânimos em uma adversidade, como também para viabilizar o fim da empresa, caso ocorra.

Por meio desse balanço honesto e preciso, a equipe financeira pode mostrar aos proprietários por quanto tempo a empresa funcionará sem investimentos, quantos funcionários a empresa poderá manter, etc.

3. Princípio da Oportunidade 

Antes de ter balanços honestos, precisamos vê-los, concorda? O Princípio da Oportunidade relembra a importância dos registros financeiros de uma empresa.

No Princípio da Oportunidade, dois critérios são essenciais e devem ser respeitados: 

  1. Os registros devem ser feitos de forma rápida, até para que detalhes não sejam esquecidos; 
  2. Os registros devem ser feitos de forma clara e acessível, para que todos possam entender. 

Principalmente em grandes empresas, essa organização pode poupar tempo, desgaste e muitos prejuízos.

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4. Princípio do Registro pelo Valor Original 

Esse princípio define que todo o patrimônio da empresa será contabilizado de acordo com o valor original da moeda naquele momento. Calma que vai ficar mais claro!

Por exemplo, digamos que o mercado começou a sofrer pequenas mudanças. Depois disso, o proprietário começa a se questionar: “será que a moeda do Brasil será valorizada? Como isso afetaria o nosso caixa?”.

Nesse caso, o papel do contador é registrar o valor original e fazer projeções baseadas nesse número.

Mesmo que os ativos e passivos da empresa realmente mudem de valor com o tempo, a informação original deve estar registrada para evitar fraudes e erros.

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5. Princípio da Competência 

O Princípio da Competência defende que as receitas e despesas devem ser documentadas no período em que ocorrem, por mais que os pagamentos sejam efetivados em outro período.

Por exemplo, digamos que você é analista contábil de uma empresa. No mês de março, cinco profissionais freelancers prestaram serviço. Por mais que o pagamento só seja feito em abril ou maio, é importante considerá-los como correspondentes ao mês de março.

Esse raciocínio é importante para que a empresa tenha uma contabilidade organizada, entendendo bem quais têm sido seus gastos e quais têm sido suas receitas. Isso também facilita a tomada de decisões rápidas e importantes, como a contratação de novos funcionários.

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6. Princípio da Prudência 

O Princípio da Prudência cria uma análise cautelosa, com base em dois valores: os ativos e os passivos.

O cálculo é feito da seguinte forma: 

  • Os ativos, que são os bens de uma empresa, deverão ser considerados pelo seu menor valor. 
  • Já os passivos, que são as despesas de uma empresa, deverão ser considerados pelo seu maior valor. 

A lógica aplicada aqui é justamente a de não superestimar o patrimônio e ter a perspectiva mais realista possível do futuro da empresa.

Esse cálculo é tão importante que também pode ser usado para manter o Princípio da Continuidade. Com isso, podemos prever por quanto tempo uma empresa consegue arcar com salários, equipamentos e outros gastos essenciais.  

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Viu como essas informações são valiosas para o trabalho da contabilidade? No fim, toda a base teórica ensinada nas Ciências Contábeis deve ser refletida na prática, auxiliando profissionais de todo o país.

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Por Redação Blog do EAD

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