Você sabe qual é a melhor maneira de estudar para o Enem, para outro vestibular ou mesmo uma prova da escola?
Muitos dizem que é preciso escolher entre o pensamento difuso e o focado, mas, na verdade, o ideal é combinar esses dois estados para potencializar a aprendizagem.
Neste guia, mostraremos para você o que é cada um desses modos de pensamento e o que você pode fazer para ativá-los. Acompanhe:
O que é o pensamento difuso?
O pensamento difuso é pouco explorado no aprendizado, mas é essencial em momentos em que é necessário resolver novos problemas.
Isso porque ele utiliza a parte subconsciente da nossa mente para buscar saídas e soluções por meio dos conhecimentos adquiridos ao longo dos anos.
É como se ele pulasse de ideia a ideia para chegar a um resultado satisfatório e variasse conceitos e áreas distintas para pensar na melhor solução.
Uma das maiores características desse tipo de pensamento é que ele trabalha silenciosamente e o tempo todo, como se estivesse em segundo plano em nosso cérebro. Ele relaciona conceitos recém trabalhados pelo pensamento focado a outros conceitos que já estão armazenados na nossa memória de longo prazo.
Como ativar o pensamento difuso
Para entrar no modo do pensamento difuso, é preciso relaxar e deixar a mente ficar livre. Depois, é só redirecioná-la para o pensamento focado.
Em outras palavras, a melhor maneira de ativar esse método é deixar a tarefa de lado por um tempo para refrescar a cabeça e só depois de um tempo voltar para ela.
Albert Einsten, por exemplo, costumava dar longas caminhadas no campo para ter mais insights sobre a Teoria da Relatividade.
Albert Einstein em caminhada em Princeton, na década de 1930. Reprodução YouTube Kean University.
Para ativar o modo difuso, você pode se inspirar no famoso físico alemão ou tentar algumas alternativas. Confira, a seguir, algumas delas.
Faça uma pausa
Pode parecer estranho, mas parar de pensar sobre um problema ou uma tarefa que você esteja fazendo, mesmo que por um tempo, é muito benéfico para que você consiga acessar todo o seu conhecimento prévio mesmo que de forma passiva.
Uma boa dica é ajustar o temporizador do seu celular por 10 minutos, respirar fundo e deixar a mente sonhar acordada.
Medite
Meditar não é tão difícil nem tão chato quanto parece. Basicamente, você só vai precisar encontrar uma posição confortável, relaxar o seu corpo e deixar a sua mente acalmar os pensamentos.
O objetivo é estar ciente dos pensamentos que surgirem e permanecer em estado de atenção a eles, mas sem julgar ou se concentrar em qualquer um deles.
Na verdade, essa é uma prática em que você vai se colocar como observador dos seus pensamentos e não mais como um controlador.
A ideia desse tipo de exercício não é encontrar uma ideia inovadora, mas aumentar a capacidade de criar mais associações.
Existem meditações guiadas que podem ser escutadas gratuitamente em apps e na internet. Pode ser que você se dê melhor com elas.
Outras maneiras de acessar o pensamento difuso
Caminhar, fazer uma pausa e meditar são algumas das formas de acessar o modo difuso, mas existem muitas outras.
Você pode:
- Praticar algum esporte;
- Ir à academia;
- Correr;
- Dançar;
- Nadar;
- Desenhar;
- Dormir;
- Navegar na internet;
- Conversar;
- Ler;
- Ajudar o próximo;
- Assistir a um filme;
- Orar;
- Pintar;
- Tocar uma música.
E o pensamento focado?
O modo de pensamento focado envolve uma abordagem mais direta para a resolução de problemas. Ele é o método mais utilizado para aprender ou compreender algo, assim como para achar a solução para uma questão.
Ao utilizá-lo, o nosso cérebro tenta resolver o que quer que seja de maneira rápida. Para isso, usa alternativas conhecidas e semelhantes, como se só existisse apenas um caminho.
O pensamento focado é ativado pela atenção concentrada, ou seja, ele funciona como se fosse o feixe de luz de uma lanterna: ele foca apenas em uma coisa de cada vez.
O seu pilar é o controle da atenção e, para isso, são usados métodos analíticos, sequenciais e extremamente racionais. Em outras palavras, ele é similar ao estudo ativo.
Ele funciona muito bem quando estamos muito concentrados em uma tarefa ou assunto e até já conhecemos alguns caminhos para achar a solução. A única coisa que precisamos é um pouco de tempo para encontrar o padrão correto para solucionar a questão.
Como ativar o pensamento focado
O pensamento focado é ativado sempre quando é preciso ter concentração em algo.
Geralmente, utilizamos para aplicar um procedimento, coletar informações ou responder perguntas.
Para colocá-lo em prática, você pode:
- Jogar xadrez e outros jogos mentais que demandem atenção;
- Analisar dados e transformá-los em conhecimentos e informações;
- Desenvolver roteiros e scripts — e executá-los depois;
- Estudar um bloco de informação;
- Criar um mapa mental;
- Coletar informações;
- Fazer apresentações;
- Tomar uma decisão.
Combine o pensamento difuso e focado para turbinar seus estudos!
O melhor desses dois métodos de pensamento é que você não precisa usá-los separadamente. Você pode combiná-los para ter melhores resultados, mas é preciso treinar essa troca para que ela funcione.
Lembre-se de que o pensamento focado está mais associado ao método, enquanto o pensamento difuso está mais associado à criatividade.
Em primeiro lugar, você precisa olhar o que precisa estudar com uma visão um pouco mais panorâmica. Ou seja, olhar a sequência de capítulos, as imagens, os resumos e as questões.
Faça isso sem focar em nada especificamente, como se estivesse meditando — de acordo com as dicas que falamos acima.
Depois, faça uma pausa e permita que a sua mente vagueie um pouco. Nesse momento, você perceberá que está no modo difuso e, então, o seu cérebro vai começar a criar conexões e caminhos de maneira bem livre. Assim, você criará pequenos espaços para armazenar seus pensamentos posteriormente.
Por último, você precisará voltar ao começo e focar a sua atenção em cada um dos itens que precisam ser estudados. Aqui, utilizar técnicas de memorização podem ajudar. Utilizar o método Honey Alonso ou o método Robinson também pode ser muito útil nessa etapa.
Não se esqueça de fazer algumas pausas de tempos em tempos. Uma boa técnica para isso é o Pomodoro.
Você pode utilizar o método com 25 ou 30 minutos de concentração — para ativar o pensamento focado — e depois, se permitir de 5 a 10 minutos para relaxar e entrar no modo difuso.
Simples, não é mesmo? Para não se perder com o tempo de concentração ou de pausa, você pode usar a função de temporizador ou de despertador do seu computador ou celular.
Viu só como é possível utilizar o pensamento difuso e o modo focado para estudar para o Enem ou outro vestibular? O ideal é mesclar os dois para que você consiga ter um aproveitamento muito melhor desses momentos de estudo e para arrasar na prova!
Entender o que é o pensamento difuso e focado foi útil para seus estudos? Acompanhe o Blog do EAD UCPel para conhecer outros métodos de aprendizagem!