Modelo Big Five: conheça os cinco fatores da personalidade!

Postado em 21 de ago de 2023
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Você conhece o Modelo Big Five? Ele foi criado a partir de um conjunto de fatores independentes para identificar o perfil de cada pessoa.

Baseado em traços amplos de personalidade, o Modelo Big Five é a metodologia de avaliação de personalidade e características mais utilizada por RHs em processos seletivos.

Neste artigo, vamos explorar um pouco o que significa este modelo, quais são os cinco fatores da personalidade, como você pode descobrir o seu e o que fazer com esta informação. Confira:

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O que é o Modelo Big Five?

O Modelo Big Five é uma metodologia utilizada para fazer avaliações de personalidade e características de uma pessoa. A partir dele é possível entender o modo como indivíduos sentem, pensam e reagem diante de situações diversas.

Também é conhecido como Modelo dos Cinco Grandes Fatores e Five Factor Model.

Este modelo leva em conta cinco amplos traços de personalidade e encaixa o indivíduo em níveis dentro destes fatores de acordo com suas respostas.

É importante dizer que o Modelo Big Five identifica a força que cada um desses fatores tem na personalidade de uma pessoa, ele não classifica um indivíduo em tipos de personalidade.

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Os 5 fatores de personalidade

 Confira quais são os cinco fatores:

  1. Abertura à Experiências (Openness);
  2. Conscienciosidade (Conscientiousness);
  3. Extroversão (extraversion);
  4. Agradabilidade (Agreeableness);
  5. Neuroticismo (Neuroticism).

Em inglês, os cinco fatores formam o acrônimo OCEAN.

1. Abertura à Experiências

Este fator está relacionado ao interesse do indivíduo por novas vivências emocionais.

Isso significa que ele é alto quando uma pessoa gosta de aventura, quando tem ideias incomuns, quando se interessa pela arte, quando é curiosa e pelo uso da imaginação.

Pessoas com alta abertura à experiências costumam ser imaginativas, criativas, curiosas, apreciadoras da arte e sensíveis à beleza.

Além disso, também podem ter opiniões não convencionais, fugir do tradicionalismo e levar em conta os sentimentos antes de tomar uma decisão. Já pessoas que tem um nível baixo deste fator têm interesses mais convencionais, preferindo aquilo que for claro, simples e óbvio.

2. Conscienciosidade

Já a conscienciosidade fala sobre como uma pessoa controla suas emoções e seus impulsos.

Quem tem este traço como dominante tende a ser uma pessoa mais rígida com eventuais quebras de valores e preferem ter um comportamento planejado. Suas características principais são a autodisciplina, a orientação para os deveres, o foco nos objetivos e a ambição.

Por sua vez, quem tem níveis mais baixos de conscienciosidade é mais flexível, tem certa dificuldade em lidar com regras e normas e de controlar seus impulsos.

3. Extroversão

Este é um fator que lida com a tendência que uma pessoa tem de procurar novas estímulos, a companhia de outras pessoas e o envolvimento com o mundo exterior.

Quem tem altos níveis de extroversão pode ser definido como uma pessoa extrovertida e costuma ser cheia de energia e voltada para a ação.

Podemos dizer que suas características principais são serem pessoas sociáveis, animadas, dispostas a criar relacionamentos com pessoas novas e que são amantes da diversão.

Já quem tem baixo nível de extroversão é chamado de introvertido e não tem a mesma disposição social. Os introvertidos são pessoas calmas e ponderadas, menos envolvidas com o social, que precisam de mais tempo sozinhos e não necessitam de tantos estímulos.

Isso, porém, não significa que pessoas com baixa extroversão não são sociais.

 

 

 

4. Neuroticismo

Por sua vez, o fator do neuroticismo fala sobre as tendências de uma pessoa de experienciar emoções negativas, como raiva, ansiedade e depressão de forma constante.

Pessoas com alto grau de neuroticismo tendem a ser reativas emocionalmente, vulneráveis ao estresse, ansiosas e instáveis emocionalmente. Existe também a predisposição de interpretar situações normais como ameaçadoras e ver frustrações como dificuldades intransponíveis.

Por isso, normalmente são pessoas que não conseguem tomar decisões quando pressionadas.

Por outro lado, quem tem baixo grau de neuroticismo costuma ser menos reativo, mais calmo e livre de sentimentos negativos persistentes.

5. Agradabilidade

Por fim, nós temos o fator da agradabilidade, que também é conhecido como “simpatia”.

Esse fator fala sobre as tendências de ser compassivo e cooperar com as pessoas ao invés de ter suspeitas e tomar uma posição de antagonista diante dos outros.

Quem tem um nível mais alto de agradabilidade costuma ter boas relações com as pessoas e ser respeitoso, amigável, generoso, prestativo e comprometido. São pessoas que olham de maneira positiva para a sociedade, acreditando na honestidade, decência e confiabilidade das pessoas.

Já quem tem níveis mais baixos de agradabilidade costuma não se preocupar tanto assim com as pessoas ao seu redor, tem bastante ceticismo e desconfiança em relação aos outros e coloca seus interesses acima de uma boa relação.

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Como o Modelo Big Five surgiu

Podemos atribuir a invenção do Modelo Big Five a diversos intelectuais e pesquisadores porque ele é o resultado de diversas pesquisas que derivam uma da outra.

Tudo começou na década de 1930, quando o psicólogo William McDougall sugeriu que analisar a linguagem de uma população poderia ajudar a entender sua personalidade.

Ele baseou seu estudo na hipótese lexical e propôs um modelo de cinco fatores independentes sob os quais a personalidade poderia ser analisada. Os fatores de McDougall eram os seguintes: intelecto, caráter, temperamento, disposição e humor.

No mesmo período, havia outros pesquisadores utilizando a linguagem para chegar em fatores independentes de personalidade. Entre a década de 1930 e 1940, Gordon Allport e Henry Odbert chegaram a uma lista de 4.500 termos utilizados para descrever traços de personalidade.

O que inspirou Raymond Cattell e Hans Eysenck a utilizarem análise fatorial e chegar nos 16 principais traços, o que resultou no seu Questionário de Personalidade 16PF.

Então, chegamos ao Modelo Big Five, desenvolvido por Robert McCrae e Paul Costa.

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Como fazer o teste do Big Five

Fazer o teste do Big Five é uma ótima oportunidade para quem está buscando ter mais autoconhecimento. Isso porque ele consegue entregar diversas informações sobre sua personalidade que você próprio pode não saber ainda.

Como dissemos acima, o Modelo Big Five é a metodologia mais utilizada em processos seletivos pelos times de recrutamento, então fazer o seu teste é uma maneira de sair na frente.

Com os resultados, você pode entender o que pode ser visto como pontos fortes e fracos e quais são suas principais hard e soft skills.

Assim, fazer o teste do Big Five antes de um processo seletivo pode ser um benefício.

Você pode fazer o teste neste site, que entrega os resultados de forma detalhada e na hora, sem que você precise fazer cadastros ou deixar seu e-mail.

Esperamos que ao chegar ao final deste conteúdo, você tenha entendido o que é o Modelo Big Five, por que ele importa e onde fazê-lo. Esta é uma grande oportunidade de ter mais autoconhecimento e começar a desenvolver habilidades e competências.

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Mariana Bortoletti

Por Mariana Bortoletti

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Mercadóloga, jornalista e especialista em escrita criativa.