O que são mapas mentais e como fazer os seus

Postado em 13 de fev de 2023
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Mapas geográficos ajudam a visualizar melhor o espaço e a se localizar em um lugar novo, certo?

Da mesma forma, para o momento de estudo, os mapas mentais entram em cena como verdadeiras ferramentas de identificação e representação de ideias.

E não são apenas os estudantes que ganham com isso. Gestores de informação, autores, palestrantes, entre outros profissionais, também descobriram o que são mapas mentais e encontram neles um excelente sistema que estimula a criatividade e prioriza as informações mais relevantes.

Aqui você vai aprender como fazer mapas mentais, seja no papel ou no celular. Confira:

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O que são mapas mentais

Os mapas mentais ("mind maps", em inglês) são uma ferramenta que auxilia na organização visual e no estabelecimento de conexões entre pensamentos, ideias e conhecimentos prévios. Eles foram concebidos pelo psicólogo inglês Tony Buzan em 1960 como uma forma de emular a arquitetura do raciocínio humano.

De acordo com Buzan:

Um mapa mental utiliza todas as habilidades do cérebro para interpretar palavras, imagens, números, conceitos lógicos, ritmos, cores e percepção espacial com uma técnica simples e eficiente. Ele nos dá a liberdade de ir aonde quer que nossa mente nos leve.

Como você pode ver, a técnica não é recente. De 1960 para cá, o sistema ajudou muitas pessoas a criar diagramas detalhados para facilitar a assimilação de conceitos, informações e dados em um texto ou outro conteúdo de estudo.

Em um texto sobre a Revolução Francesa, por exemplo, as informações mais relevantes estão espalhadas em uma longa narrativa.

O que são mapas mentais em comparação com esquemas tradicionais de estudo?

Eles podem suavizar o excesso de dados ao ilustrar e organizar visualmente aquilo que você precisa aprender.

Assim, se você está em busca de dicas para se sair bem no vestibular, no Enem ou em algum processo seletivo, os mapas mentais servirão como uma ficha de estudos ilustrada.

Exemplo de mapa mental sobre como fazer mapas mentais, em inglês. Créditos: Vitaly Kolesnik CC BY-NC-SA 2.0Exemplo de mapa mental sobre como fazer mapas mentais, em inglês. Vitaly Kolesnik/Flickr CC BY-NC-SA 2.0

As vantagens do uso de mapas mentais no processo de aprendizagem

Primeiramente, a diagramação de ideias estimulada pelos mapas mentais nos beneficia em inúmeros campos da vida: organização pessoal e do próprio tempo, sistematização do trabalho, organização acadêmica e até para se manter criativo.

Afinal, fica mais fácil visualizar acontecimentos, a localização deles, condições, causas e impactos. Mas como?

O processo de pensamento não é linear, não segue um padrão. Uma informação leva a outra, não é? Buzan chama isso de “pensamento radiante”, que se assemelha ao funcionamento do cérebro.

Portanto, utilizar um método de estudo conforme o funcionamento biológico fará uma grande diferença na hora de armazenar e recuperar conteúdos de maneira mais eficiente.

Assim sendo, a maneira mais comum de construção de mapas mentais é por meio de imagens e palavras-chave. Mais adiante você vai conhecer as etapas de ideia central, palavras, cores e conexões.

Um aviso importante: o arranjo mental feito desta forma não é para “decorar” o conteúdo a ser estudado. Já sabemos que o decoreba, diferentemente do aprendizado e memorização, não funciona. A ideia é que os mapas mentais sejam auxiliares no entendimento e revisão das informações.

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Quando fazer um mapa mental

Considere a possibilidade de usar os mapas mentais para:

  • Livros;
  • Aulas;
  • Filmes, séries e documentários;
  • Processo criativo.

Dessa forma, será mais fácil partir para os próximos passos, que são estabelecer objetivos e escolher materiais ou ferramentas digitais.

Por que estabelecer objetivos para meus mapas mentais?

Definir objetivos antes de criar seus mapas mentais ajudará a deixá-los mais enxutos e focados. Vamos para alguns exemplos?

No caso dos livros, você pretende fazer um esquema do livro inteiro, de alguns capítulos específicos ou de apenas um capítulo? Ou quem sabe focar na saga de apenas um personagem?

No caso de aulas, o mapa mental se ocupará de apenas uma aula ou das aulas de toda uma semana? Para aulas que se dividem em teoria e prática, você reservará um mapa mental com instruções para cada aspecto?

Para filmes, séries e documentários, sugerimos processos diferentes. Suponhamos que você queira absorver os conteúdos de filmes como "Getúlio" (2014), seu objetivo é resumir toda a trajetória de Getúlio Vargas até chegar à presidência do país em 1934 ou apenas as crises e tensões que culminaram em seu suicídio em 1954?

Uma série como "Chernobyl" (2019), por exemplo, o objetivo é entender toda a trama do acidente na Usina Nuclear de Chernobyl ou apenas os esforços para amenizar os danos depois da explosão? Como dissemos, foco é importante.

Quando se fala em documentários, a atenção com o foco também vale. "Homem 2.0: um ser humano melhorado" (2011), da National Geographic, fala sobre biotecnologia, que pode ser o assunto do seu mapa mental. Ou então você pode se concentrar em reforçar os aprendizados apenas sobre células-tronco ou fertilização artificial.

Por fim, se o assunto for processo criativo, o foco é mais amplo. Elabore seu projeto com criatividade.

Materiais e ferramentas para fazer mapas mentais

Ainda que a maioria das atividades seja mediada por alguma tecnologia, há quem prefira o bom e velho lápis e papel. A utilidade e os benefícios do mapa mental serão os mesmos, seja ele analógico ou digital. Afinal, o material não é o responsável pela qualidade do esquema.

Lápis e papel

Inicialmente, separe folhas de papel A3, A4 ou cartolina. As folhas devem ser brancas, sem pauta e usadas na horizontal. Isso garantirá que você tenha mais espaço livre para pensar em mapas mentais criativos.

Além disso, ao optar pelo papel você poderá deixar todos em uma pasta, dividindo-os por temas, tipos de mapas ou reservar uma pasta para cada meta e identificá-las com uma etiqueta: “mapas mentais Enem”, “mapas mentais vestibular”, etc.

Para escrever e desenhar seu mapa mental, use lápis de cores variadas ou canetas coloridas. A variedade de cores é importante para destacar elementos e facilitar a memória visual.

Aplicativos ou sites para fazer mapas mentais

Existem várias opções gratuitas de sites e aplicativos para mapas mentais, como:

Uma das vantagens é que as ferramentas digitais agilizam o processo de correção e atualização dos mapas.

Geralmente as ferramentas são fáceis de usar, bem intuitivas e simples. Caso tenha dúvidas sobre o funcionamento, acesse o site do serviço ou procure vídeos no YouTube.

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Como fazer mapas mentais

O passo a passo para fazer um mapa mental pode ser aplicado em uma folha de papel ou em um dos programas que sugerimos acima.

Escolhido o suporte, hora de começar:

1. Defina a imagem-chave e o título

Antes de mais nada, conheça a estrutura básica de um mapa mental: imagem-chave e palavras-chave.

A imagem-chave ficará no centro do mapa. Como falamos em pensamento irradiante, é da imagem principal que irradiarão as associações possíveis, representadas pelas palavras-chave.

Em papel, a imagem central não precisa ser profissionalmente desenhada, afinal, é apenas uma representação, uma ilustração da ideia principal.

Já o título deve resumir a ideia central do mapa mental. Se você está estudando sobre população, por exemplo, escreva isso no centro da folha, de preferência na cor preta. Para destacar, você pode usar uma fonte maior ou ainda circular a palavra.

2. Faça as primeiras ramificações

Depois de definir e evidenciar o núcleo do seu mapa, é hora de iniciar as primeiras ramificações, que são as informações secundárias relacionadas ao tema principal.

Para isso, identifique as palavras-chave com setas ou ramos de cores diferentes. Para encontrar as palavras-chave certas, saiba quais são as ideias principais que definem a imagem central. O que é essencial sobre isso? Quais são as informações específicas?

No caso de população, podem ser: população absoluta, população relativa, expectativa de vida e taxa de mortalidade, por exemplo.

Escreva os termos em volta da palavra central e faça uma linha cruzando-os a ela. 

3. Continue com as ramificações seguintes

Aqui deve ser seguida a mesma regra de ramificação anterior. No entanto, as ligações precisam ser relacionadas às informações secundários. Nesse caso, serão ramificações terciárias.

E você pode continuar indo na mesma linha, criando quantos níveis de ramificações forem necessários. Só tome cuidado para seu mapa mental não ficar muito extenso, o que pode dificultar a visualização das informações.

4. Adicione símbolos para dar mais visualidade ao seu mapa mental

Os símbolos são elementos que podem deixar o seu mapa mental ainda mais visual. Você pode adicioná-los enquanto constrói o mapa, e não somente no final.

Procure acrescentar, pelo menos, um em cada item, e você verá como fará uma diferença significativa depois de pronto.

Estrutura básica para fazer um mapa mental.Estrutura básica para fazer um mapa mental

Como usar os mapas mentais para montar um plano de estudos

Você pode aplicar o mapa mental para estudar e aprender qualquer conteúdo, mas também tem a oportunidade de usá-lo para organizar a sua rotina de estudos, sabia?

Vamos supor que você esteja se preparando para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Nesse caso, você pode colocar como ideia central o tema “Enem” e, a partir dela, criar as ramificações com os conteúdos que precisam ser estudados, como:

  • Linguagens, códigos e suas tecnologias;
  • Ciências humanas e suas tecnologias;
  • Matemática e suas tecnologias;
  • Ciências da natureza e suas tecnologias.

Então, para cada um deles, você faz mais um desdobramento. Vale, por exemplo, mencionar as disciplinas que compõem as áreas do conhecimento.

Em uma quarta ramificação, podem entrar os principais assuntos de cada matéria, e assim por diante.

Não se esqueça de enriquecer as categorias ramificadas com dados, elementos, fórmulas, datas e outras informações.

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Então, agora que você já sabe como fazer um mapa mental, está animado para começar a produzir os seus?

Redação Blog do EAD

Por Redação Blog do EAD

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